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1.
Biota neotrop. (Online, Ed. port.) ; 12(1): 209-235, Jan.-Mar. 2012. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-643003

RESUMO

Apresentamos uma lista de anfíbios e répteis de uma região ao norte do complexo serrano da Mantiqueira, sob denominação local de Serra do Brigadeiro. Esta região compreende um remanescente de Mata Atlântica com destaque para o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, unidade de conservação com aproximadamente 15 mil ha nos municípios de Araponga, Divino, Ervália, Fervedouro, Miradouro, Muriaé, Pedra Bonita e Sericita, estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil. Através da adoção de métodos complementares como o uso de armadilhas de interceptação e queda e postos de coleta, além de métodos convencionais de busca ativa, encontros ocasionais e registros em coleção científica, a presente lista amplia o conhecimento sobre a herpetofauna dessa região. Nós registramos 98 espécies da herpetofauna, sendo 57 de anuros, um gimnofiono, nove lagartos, uma anfisbênia, 29 serpentes e um quelônio. Embora nenhuma espécie de anfíbio encontrada seja considerada ameaçada de extinção em Minas Gerais, no Brasil ou pela IUCN, 11 espécies (18,96%) são consideradas como Deficiente de Dados. Verifica-se um alto número de espécies exclusivas da Mata Atlântica (46,55%) ou de distribuição restrita (20,68%). Destaca-se o encontro da perereca Gastrotheca ernestoi e a rã Megaelosia apuana, respectivamente o primeiro e segundo registro desses gêneros para Minas Gerais. A cecília Luetkenotyphlus brasiliensis também é redescoberta. Entre os répteis, pode-se destacar a presença do cágado Hydromedusa maximiliani, que aparece como vulnerável nas listas vermelhas de Minas Gerais e da IUCN. Sessenta por cento das espécies de répteis apresentam ampla distribuição na Mata Atlântica, e a presença das serpentes Echinanthera melanostigma e E. undulata, são importantes como, respectivamente, o segundo e terceiro registro dessas espécies para Minas Gerais.


We present a list of amphibians and reptiles from northern region of the Serra da Mantiqueira mountain range, under local name Serra do Brigadeiro mountain. This region comprehends an Atlantic Forest remain with emphasis at the Serra do Brigadeiro State Park, a conservation unit with approximately 15,000 ha which the boundaries are included at the municipalities of Araponga, Divino, Ervália, Fervedouro, Miradouro, Muriaé, Pedra Bonita and Sericita, all in the state of Minas Gerais, southeastern Brazil. Throughout complementary methods as pitfall traps and local collectors, besides other conventional methods as visual and auditive surveys, occasional encounters and scientific collection records, the present list broaden the knowledge on herpetofauna on this region. We recorded 98 herpetofauna species, being 57 anurans, one gymnophiona, nine lizards, one amphisbenian, 29 snakes, and one turtle. Although amphibian species registered were not considered threatened of extinction in Minas Gerais, Brazil or by IUCN, 11 species (18.96%) are considered Data Deficient. There is a high number of species endemic to Atlantic Forest (46.55%) or with restricted distribution (20.68%). Is worth noting the registers of the frogs Gastrotheca ernestoi and Megaelosia apuana, respectively the first and second registers of these genus for Minas Gerais. The caecilian Luetkenotyphlus brasiliensis is also rediscovered. Among reptiles, can be highlighted the presence of the freshwater turtle Hydromedusa maximiliani, which appears as vulnerable in the red lists of Minas Gerais and in IUCN. Sixty percent of the reptiles encountered are widely distributed in the Atlantic Forest, and the presence of the snakes Echinanthera melanostigma and E. undulata are important as, respectively, the second and third records for Minas Gerais.

2.
Biota neotrop. (Online, Ed. port.) ; 10(4): 133-141, Oct.-Dec. 2010. ilus, graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-578492

RESUMO

O conhecimento popular sobre as serpentes, incluindo as práticas adotadas em casos de acidentes ofídicos, foi abordado neste estudo etnozoológico realizado na região de Araponga e entorno da Serra do Brigadeiro, Mata Atlântica do Estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil. Entre agosto e novembro de 2008 foram realizadas entrevistas com 50 moradores da zona rural de Araponga e 20 funcionários do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). Em relação ao perfil cultural e social, os grupos avaliados diferiram entre si somente quanto ao nível de escolaridade (maior entre os funcionários do parque), apresentando as mesmas distribuições em relação a idade e religião. Também se verificou menor nível de escolaridade entre os indivíduos mais velhos. Em geral, ambos os grupos de entrevistados demonstraram conhecimento adequado sobre prevenção e procedimentos em casos de acidente ofídico (78,2 por cento afirmaram procurar atendimento médico em caso de ofidismo). A utilização de substâncias da medicina popular para tratamento de acidentes ofídicos mostrou-se uma prática em desuso, relatada por aproximadamente 21 por cento dos entrevistados. A maioria dos entrevistados (57,14 por cento) afirmou não saber diferenciar uma serpente peçonhenta de uma não peçonhenta, e 66,67 por cento demonstraram reconhecer o período chuvoso como aquele com maior frequência no encontro com serpentes. O grupo "Araponga" mostrou-se mais hostil em relação a encontros com serpentes, com 43 por cento dos indivíduos afirmando matarem o animal, contra apenas 5 por cento do grupo "PESB". A escolaridade do entrevistado foi decisiva no tipo de atitude tomada diante das serpentes, sendo menos hostis os indivíduos mais instruídos. Pessoas com menos escolaridade apresentaram maior tendência a considerar todas as serpentes como perigosas, e estas se mostraram também mais hostis com estes animais. O maior contato com atividades científicas e educativo-ambientais parece ter sido decisivo para a maior tolerância com as serpentes por parte do grupo "PESB". A realização de atividades de educação-ambiental com a população das comunidades de Araponga pode ampliar a conscientização quanto à importância das serpentes, instruindo aqueles que ainda as consideram indiscriminadamente nocivas.


The popular knowledge about snakes, including the practices adopted in cases of snakebite, was analysed in this ethnozoological study performed in Araponga region and vicinities of Serra do Brigadeiro (Brigadeiro Mountain Range), Atlantic Forest of Minas Gerais state, southeastern Brazil. Between August and November 2008, interviews were conducted with 50 residents of rural areas of Araponga, and 20 employees of the Serra do Brigadeiro State Park (PESB). In relation to social and cultural profile, these two groups differed only on the level of education (higher among the park staff), with the same distributions for age and religion. There was also a lower level of education among older individuals, a possible reflection of improvements in the social conditions in that region, which would have provided greater access to schools in recent decades. In general, both groups demonstrated adequate knowledge about prevention and procedures in cases of snakebite (78.2 percent reported seeking medical attention in case of snakebite). The use of folk medicine for treatment of snakebite proved to be a practice falling into disuse, reported by approximately 21 percent of respondents. Most respondents (57.14 percent) said they did not know the difference between a poisonous and a non-poisonous snake, and 66.67 percent showed adequate knowledge of the season when snake encounters are more likely to happen. The "Araponga" group was more hostile concerning to possible encounters with snakes, with 43 percent of people saying they would kill the animal, against 5 percent in the "PESB" group. The educational level of the respondents was decisive in determining the kind of attitude taken against snakes, and those with higher levels of education showed to be the less hostile ones. People with lower educational levels were more likely to consider all snakes as dangerous, and they also proved to be more hostile to these animals. More contact with scientific and environmental education activities seems to have been decisive for the higher tolerance to snakes by the "PESB" group. The implementation of activities of environmental education for the population of Araponga can increase the awareness of the importance of snakes, instructing those who still consider them intrinsically harmful.

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